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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL

AS DOZE TRIBOS DE ISRAEL

Carlos Araújo

INTRODUÇÃO

A história das doze tribos de Israel começa com um homem da terra de Ur dos caldeus. Este homem de nome Abrão que depois passou a se chamar Abraão após Deus ter feito uma aliança com ele (Gn 17:1-5).
Abrão deixou a Ur dos caldeus por um direcionamento do Senhor indo para Harã, passou pela Síria, mais provavelmente por Damasco, entrando posteriormente em Canaã pelo lado norte indo até Siquém e o carvalho de Moré onde edificou um altar ao Senhor (Gn 12:7).
Deus confirma a promessa de que ele teria uma descendência e estabelece os limites da terra de Canaã.
Canaã foi dividida em duas partes: a parte oriental que é a Transjordânia e a parte ocidental que é Canaã.

Trajetória de Abraão


TRANSJORDÂNIA

A Transjordânia é composta pro duas tribos e mais meia e essas tribos ocuparam o território desde o vale do ribeiro de Arnom até o sopé do monte Hermom.
As tribos que compunham esta parte eram: Gade, Rúben e meia tribo de Manassés (Dt 3:13-16).

Tribos da região da Transjordânia:

  • GADE

A tribo de Gade era uma das doze tribos de Israel. O sétimo filho que Jacó teve de Zilpa, a serva de Leia e irmão de Aser (Gn 30:11-13 e Gn 46:16,18). Em algumas versões, em Gn 30:11, as palavras: "Vem uma turba e chamou o seu nome Gade" deveriam ser traduzidas por: "Com sorte ("afortunado") e chamou o seu nome Gade", ou "Vem a sorte e chamou o seu nome Gade."
A tribo de Gade, durante a marcha pelo deserto, situava-se, juntamente com Simeão e Rúben, a sul do tabernáculo (Ne 2:14). As tribos de Rúben e Gade, no seguimento da sua história, prosseguiram a atividade dos patriarcas (Ne 32:1,5).
A porção atribuída a Gade ficava a leste do Jordão e incluía metade de Gileade, uma região de grande beleza e fertilidade (Dt 3:12), que a este fazia fronteira com o deserto árabe, a oeste com o Jordão (Js 13:27) e a norte com o rio Jaboque. Incluía, assim, todo o vale do Jordão até ao Mar da Galileia, onde, então, estreitava.
Esta tribo era cruel e dada à guerra; eram "varões valentes, homens de guerra para pelejar, armados com rodela e lança; e seus rostos eram como rostos de leões e ligeiros como corças sobre os montes" (1Cr 12:8 e 1Cr 5:19-22). Barzilai (2Sm 17:27) era desta tribo. Foram levados em cativeiro por Tiglath-Pileser III, ao mesmo tempo em que as outras tribos do norte (1Cr 5:26) e no tempo de Jeremias (1Cr 49:1), os amonitas habitavam nas suas cidades.

  • RÚBEN

Rúben (português europeu) ou Rubem (português brasileiro) (em hebraico: רְאוּבֵן, hebraico moderno Rəʾuven hebraico tiberiano Rəʾûḇēn) era o primogênito dos 12 filhos de Jacó, neto de Isaac. Sua mãe era a esposa menos favorecida de Jacó, Léia, que chamou o menino de Rubem porque, segundo ela mesma disse, “Jeová tem olhado para a minha miséria, sendo que agora meu esposo começará a amar-me”. (Gn 29:30-32; 35:23; 46:8; Êx 1:1, 2; 1Cr 2:1).
Em resultado do contínuo favor que Jeová mostrou a sua mãe, Rubem e seus cinco irmãos germanos (Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulão) constituíram metade dos cabeças tribais originais de Israel; os outros seis (José, Benjamim, Dã, Naftali, Gade e Aser) eram meios-irmãos de Rubem. — Gn 35:23-26.
Algumas das boas qualidades de Rubem revelaram-se quando persuadiu seus nove irmãos a lançar José num poço seco, em vez de matá-lo, sendo o objetivo de Rubem retornar em secreto e tirá-lo do poço. (Gn 37:18-30) Mais de 20 anos depois, quando estes mesmos irmãos arrazoaram que as acusações de espionagem levantadas contra eles, no Egito, se deviam a terem maltratado José, Rubem lembrou aos demais que ele não tinha participado no complô contra a vida de José. (Gn 42:9-14, 21, 22) Também, quando Jacó se recusou a permitir que Benjamim acompanhasse seus irmãos na segunda viagem ao Egito, foi Rubem quem ofereceu os seus próprios dois filhos Josefina e Josefino como garantia, dizendo: “Podem ser mortos por ti se [eu] não to trouxer [isto é, Benjamim] de volta.” — Gn 42:37. Ruben é conhecido pela sua fascinação por mucosas, dando para seu primeiro filho o nome de Mucosa Junior.
Como primogênito de Jacó, Rubem gozava naturalmente dos direitos do filho primogênito da família. Como tal, tinha direito de receber duas parcelas dos bens deixados por Jacó, seu pai. A questão, pouco antes da morte de Jacó, quando ele abençoou seus filhos, era: entraria Rubem no gozo desses direitos de primogênito?
Rubem deveria ter recebido a bênção mais importante porque ele era o primogênito. Porém ele contaminou o leito de seu pai quando ele “dormiu com Bila, concubina de seu pai” (Gn 35:22). Por isso, ele perdeu os direitos de primogênito e sua descendência tornou-se um povo pastor de ovelhas, habitando a leste do Rio Jordão (Nm 32:1-33).

·        MANASSÉS ORIENTAL

Na divisão da Terra de Canaã, foi provido para Manassés porções em ambos os lados do Rio Jordão. Manassés oriental só poderia ocupar sua terra depois que tivesse ajudado as outras tribos a conquistar os seus territórios (Nm 32:1-33).



CANAÃ

Em Canaã ficaram nove tribos sendo essas: Aser. Naftali, Zebulom, Issacar, Efrain, Dã, Benjamim, Judá e Simeão, fazendo também parte desta terra a meia tribo de Manassés (Manassés Ocidental).Quanto ao número de tribos, estas seriam na realidade catorze. Aos doze filhos de Jacó acrescentaram-se os dois filhos de José: Efraim e Manassés. Acontece, porém, que José, pela bênção de seu pai, teve duas partes, e sua herança lhe veio através de seus dois filhos (Gn 48.11-22; Js 14.4). Levi, sendo a tribo sacerdotal, não recebeu herança, senão cidades na porção de cada um de seus irmãos (Js 14.1; 21). Assim, geograficamente, temos doze tribos ocupando treze porções, porque Manassés se dividiu — uma parte na Transjordânia e outra em Canaã.

Tribos da região de Canaã:

·        ASER

Aser (em hebraico: אָשֵׁר, hebraico moderno Ašer, hebraico tiberiano ʾĀšēr), segundo a Bíblia, é o um dos 12 filhos de Jacó, resultado de sua união com Zilpa, criada de Lia. O personagem de Aser não possui grande destaque no livro de Gênesis, exceto por ter tomado parte na conspiração junto a seus irmãos que levou José a ser vendido como escravo para uma caravana em direção ao Egito, e também ter estado junto com seus irmãos no momento da reconciliação. Em I Crônicas 7:30-40 é traçada a descendência de Aser e seus filhos Imna, Isvá, Isvi, Berias e Sera.
Aser, junto com seus irmãos, tomou residência na parte leste do delta do rio Nilo, onde sua descendência multiplicou-se e originou a tribo de Aser. Segundo os livros do Pentateuco, Aser seguiu Moisés para a Terra Prometida, embora alguns estudiosos afirmem que Aser já era uma tribo localizada provavelmente na costa sul da Palestina antes do Êxodo, a região que, segundo o livro de Josué, ela teria conquistado quando da tomada de Canaã.
A região original de Aser coincidia com a terra da Filístia. Antes da ascensão do rei David, a terra de Aser já pertencia aos filisteus, de modo que a tribo pode ter continuado a existir apenas como indivíduos ou famílias vivendo em territórios de outras tribos, não mais como uma entidade individual e identificável entre as outras tribos de Israel. Os aseritas teriam se unido a Jeroboão quando este reivindicou para si o trono de Israel, e Aser teria feito parte das 10 tribos do norte que permaneceram independentes do governo de Jerusalém. A tribo desapareceu definitivamente dos registros quando Samaria foi tomada pela Assíria.

·        NAFTALI

A Tribo de Naftali (נַפְתָּלִי/Naftali/Nap̄tālî/ "Minha luta") foi uma das Tribos de Israel. Naftali ocupava o lado oriental da Galileia (logo ao lado ocidental do Mar da Galileia), nas áreas hoje conhecidas como Baixa Galileia, e Alta Galileia, e fazia fronteira a oeste com a Tribo de Aser, ao norte a Tribo de Dã, no sul Zebulão e o rio Jordão no leste. Sua cidade principal era Hazor. Nessa região, em torno do Mar da Galileia, ficava a altamente fértil planície de Genesaré, caracterizada como a ambição da natureza, um paraíso na Terra, e com a porção sul da região atuando como uma passagem natural entre as terras altas de Canaã, muitas estradas principais (como as de Damasco a Tiro e Acre, passavam por ali). A prosperidade que essa situação trouxe é parecida com a profetizada na Bênção de Moisés, embora a críticos textuais vejam isso como um caso de predição posterior ao acontecimento, datando o poema para logo após de a tribo já ter se estabelecido na terra.

·        ZEBULON

A Tribo de Zebulom desempenhou um importante papel na história antiga de Israel. No censo das tribos no Deserto do Sinai durante o segundo ano do Êxodo, a tribo de Zebulom contava com 57.400 homens capazes de pegar em armas (Números 1:31). Este exército, sob o comando de Eliabe, filho de Helom, acamparam com os de Judá e de Issacar a leste do Tabernáculo e com eles formaram a linha de frente da marcha (Números 2:3-9). Dentre os espiões enviados por Moisés para avistarem a terra de Canaã, Gadiel, filho de Sodi representou Zebulom (Números 13:10).


·        ISSACAR

A tribo de Issacar Apesar de sua reputação por buscar conforto, a tribo lutou corajosamente contra Sísera (Jz. 5:15). Moisés profetizou uma vida quieta e feliz para Issacar (Dt. 33:18). Paltiel (Nm 34:26), o juiz Tola (Jz. 10:1), Rei Baasa (I Rs 15:27), e Onri (1 Cr. 27:18) eram todos desta tribo. Conforme Jacó abençoou, a tribo de Issacar mostrou uma perspicácia incomum em situações políticas. A tribo trocou a submissão a Saul por Davi (1 Cr 12:32). embora a tribo era integrante do Reino Do norte, seus integrantes participaram da Páscoa celebrada por Ezequias em Judá (2 Cr. 30:18).

·        EFRAIN

A tribo de Efraim falhou em expulsar os cananitas de Gazer (Js 16:10), mas conquistaram Betel (Jz 1:22-26). Participaram na guerra contra Sísera, e foram louvados por Débora pela sua ajuda patriótica (Jz 5:14). Discutiram com Gideão, um manassita , por não os ter chamado quando guerreou contra os mideanitas (Jz 8:1-13), e ficaram irados com Jefte por não os ter chamado quando lutou contra os amonitas. Na guerra civil que se sucedeu a tribo de Efraim sofreu muitas baixas. Foram identificados pelo inimigo porque tinham uma pronuncia distinta de certas palavras (Jz 12:1-6). Jeroboão, o primeiro rei de Israel depois da separação das 10 tribos, era efraimita.

·       

A tribo de Dã. De DãAoliabe era um dos sábios trabalhadores, inspirados para se ocupar da construção do tabernáculo (Ex 31:6). Houve um filho de uma mulher danita que foi apedrejado por haver blasfemado (Lev 24:10). Na cerimônia de bênção e maldição, Dã e Naftali estiveram no Monte Ebal, enquanto as outras tribos que descenderam de Raquel estavam no Monte Gerizim (Dt 27:13). Mais tarde, Sansão, que era desta tribo (Jz. 13:2). Aparentemente, Dã estava entre as tribos que eram as menos corajosas entre as tribos israelitas. A Canção de Débora que celebra a vitória Israelita sobre o rei cananeu Jabim e o seu poderoso general Sísera, reprova as tribos de Gileade, Dã, e Aser. De Dã, indagou Débora: "por que se deteve nos navios?" (Jz. 5:17). a aparente falta de interesse por parte de Dã em ajudar as outras tribos, pensa-se, que, é porque Dã estava situada no extremo norte de Israel, tendo maior relacionamento com seus vizinhos estrangeiros ao norte do que com as outras tribos de Israel.

·        BENJAMIN

A tribo de Benjamim (em hebraico, בִּנְיָמִין, transliterado Binyāmîn) era uma das doze tribos de Israel. Recebeu o nome do filho mais novo de Jacó (Israel) e Raquel. Os membros dessa tribo eram chamados benjamitas.
Quando da divisão de Canaã, a tribo de Benjamim ficou com o território compreendido entre Efraim, ao norte, e Judá, ao sul. Embora fosse um território pequeno e montanhoso, era fértil e incluía cidades importantes como Jerusalém, Jericó, Betel, Gibeá e Mispá, entre outras.
Um benjamita importante foi Eúde, o segundo juiz referido no Livro de Juízes. Saul, o primeiro rei de Israel oficialmente reconhecido como tal, era benjamita, filho de Quis. A partir daí, a linhagem real passou a ser da tribo de Judá.

·        JUDÁ

A narração do livro do Êxodo descreve esta época, e posiciona a tribo de Judá como a mais numerosa de todas as tribos de Israel (desconsiderando-se a tribo de José, tradicionalmente dividida entre as meia-tribos de Efraim e Manassés).
Juntamente com a tribo de Simeão, Judá estava situada no extremo sul de Israel. Porém, Simeão foi absorvida pela tribo de Judá logo cedo. A fronteira oriental de Judá era o Mar Morto, e a sua fronteira ocidental era o Mar Mediterrâneo, embora os Filisteus normalmente controlassem a planície ao longo do mar. Originalmente, o limite ao norte de Judá era o sul de de Jerusalém, para o noroeste de Quiriate-Jearim e Jabneel. Ao sul, a fronteira de Judá estava na Subida de Acrabim, para o Deserto de Zin, e ao sul de Cades-Barnéia para o Mediterrâneo. Em seu ponto mais longo Judá tinha aproximadamente 153 quilômetros de extensão. Em seu ponto mais largo tinha aproximadamente 72 Kilômetros de largura, exceto a área controlada pelos Filisteus. Durante o período do reino dividido, seu limite ao norte era Jerusalém. Junto com Benjamim eles formaram o reino sul de Judá, que também incluia Edom ao sudeste.
O lugar de Judá estava no lado oriental do tabernáculo, para o nascer do sol, com seus parentes, Issacar e Zebulom (Nm 2:3-9; 10:14).

·        SIMEÃO

Simeão (em hebraico שִׁמְעוֹן, transl. Shim'on, nascido em c. 1772 a.C. 1 ), era o segundo filho de Jacob e Lia (Gn 29;33), sua significação e citada em (Gn. 29;33). Simeão tomou parte, juntamente com Levi, do massacre dos homens de Síquem, depois da desonra sofrida por sua irmã, Diná (Gn 34).
Quando a terra de Canaã foi dividida, o segundo sorte caiu a Simeão. A tribo recebeu terra na parte meridional extrema de Canaã, no meio do território de Judá (Js 19:1-9). Simeão se uniu com Judá lutando os cananeus (Jz. 1:1,3, 17). Entre as cidades dos Simeonitas estavam Beerseba, Hormá, e Ziclague (Js. 19:1-9).

·        LEVI

Levita (em hebraico: לֵוִי, hebraico moderno: Levi, hebraico tiberiano: Lēwî; "unido") é um membro da tribo hebraica de Levi. Quando Josué conduziu os israelitas na terra de Canaã, os levitas foram à única tribo israelita que recebeu cidades, mas não foram autorizados a serem proprietários de terra "porque o Senhor Deus de Israel é sua herança" (Deuteronômio 18:2). A Tribo de Levi servia deveres religiosos particulares para os israelitas e tiveram responsabilidades políticas também. Em troca, as tribos das terras eram esperadas a dar o dízimo para os Levitas, especialmente o dízimo conhecido como o Maaser Rishon ou Dízimo dos Levitas.
A tribo de Levi assume grande importância na história de Israel desde seu princípio. Em Êxodo, os personagens de Moisés e Arão são membros desta tribo, e lideram todo o povo de Israel mantido em regime de servidão no Antigo Egito, rumo à terra de Canaã.
A Arca da Aliança esteve sob os cuidados dos levitas até que um ataque filisteu resultou em sua captura. Os filisteus, entretanto, permitiram que israelitas a levassem de volta, e ficou sob os cuidados dos levitas no tabernáculo da cidade de Siló até que Davi ordenou que a trouxessem para Jerusalém.

·    MANASSÉS OCIDENTAL

A Tribo de Manassés (em hebraico: מְנַשֶּׁה, hebraico moderno Mənašše, hebraico tiberiano Mənaššeh, de נשני, naššānî, "feito para esquecer") foi uma das Tribos de Israel; juntamente com a Tribo de Efraim, Manassés formou também a Casa de José. No seu apogeu, seu território se espalhava ao longo do rio Jordão, formando duas metades, uma em cada lado do rio.
A metade ocidental da tribo ocupou as terras imediatamente a norte de Efraim, no centro-oeste de Canaã, entre o rio Jordão e a costa do Mar Mediterrâneo, fazendo limite ao norte com a Tribo de Issacar, a noroeste com o Monte Carmelo; a metade oriental da tribo constituía a parte mais ao norte da tribo, a leste do rio Jordão, ocupando as terras ao norte da Tribo de Gade, estendendo-se desde Maanaim ao sul até o Monte Hermon, ao norte, e incluindo todo o do planalto de Basã. Esses territórios eram abundantes em água, uma preciosidade em Canaã, e por isso, constituía uma das mais valiosas partes do país; apesar disso, a posição geográfica de Manassés impossibilitava-a de defender duas importantes passagens nas montanhas - Esdraelon, localizada a oeste do rio Jordão e Hauran, a leste.

PALESTINA DO NOVO TESTAMENTO
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A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos.
Em meados do século XV a.C. a região é conquistada pelo faraó tutmósis III mas  será perdida antes de completar 18 dinastia, para ser novamente reconquistada por Seti I e por Ramsés II. Com o enfraquecimento do poder egípcio em finais do século XIII a.C.
Geograficamente, a Palestina era um lugar estratégico. Os romanos aproveitaram dessa e de outras vantagens muito mais do que egípcios, assírios, caldeus, medo-persas e gregos havia aproveitado no passado. “Por seus territórios passavam as grandes estradas, que levavam a todas as partes do mundo; e, possuindo os romanos a Palestina, tinham na mão a chave do Oriente Médio”.
Quando Alexandre, o Grande, conquistou e helenizou o mundo, a Palestina sofreu a influência desse poder. A luta dos irmãos Macabeus foi mais contra a cultura grega do que com o cruel Antíoco Epífanes. Roma acabou dominando o Oriente Médio, e a Palestina foi entregue ao poder dos romanos em 63 a.C. De Pompeu a Herodes, o Grande, a Palestina foi governada pelo procônsul romano, que residia na Síria. Seus limites abrangiam: Idumeia, Samaria, Galileia, Decápolis; algumas cidades desfrutavam de certa liberdade, que lhes fora outorgada ainda pelos gregos. Em cada uma dessas quatro regiões mencionadas havia um governador indicado pelos romanos. Não havia coesão na pátria dos judeus. Cada uma das regiões agia independentemente da outra; e isso em prejuízo para todas.
Quando Herodes, o Grande, foi indicado pelo imperador Augusto, rei da Palestina, procurou imediatamente unir o país. Conseguiu. A Palestina, que não passava de um aglomerado de cidades, tornou-se uma confederação consistente. Sob Herodes, o Grande, seus limites iam de Dã, ao norte, até o rio do Egito, ao sul; a leste, toda a Transjordânia, incluindo Pereia, Itureia, Traconites, Auranites e Betânia; e a oeste, o mar Mediterrâneo. As pequenas e as grandes cidades da Palestina estavam debaixo da mão forte e eficiente do grande Herodes. Ele estabeleceu centros fortificados em cidades como Hebrom, Eleuterópolis, Herodium, Massada, Jerusalém, Gezer, Gofna, Siquém, Samaria, Megido, Giscala, Jericó, Fasaelis, Alexandrium, Arquelais, Citópolis, Tiberíades, Cafarnaum, Corazim, Maquerus. Quase todos esses lugares eram fortificados com muros ou com contingentes militares. Herodes, o Grande, foi reconhecido como um dos maiores administradores de Israel desde os tempos de Salomão. Levou suas reformas administrativas e seus empreendimentos por todo Israel, agradando os judeus e causando surpresa aos romanos.
A morte de Herodes, o Grande, desencadeou uma série de transtornos que conduziram a nação de Israel a um semicaos. Herodes morreu quando Herodes excedeu Salomão não em sabedoria, mas em administração. A prova está no que fez em Massada, a insuperável fortaleza do mar Morto, a construção de Sebastia, antiga Samaria e o inigualável templo de Jerusalém; e um sem número de realizações grandes em toda a Palestina. Veja TOGNINI, Enéas. O período interbíblico, p. 131-133.
Jesus deveria ter de 3 para 4 anos. Os romanos dominavam a Palestina desde 63 a.C. Os dominadores de Israel resolveram retalhar a terra dos judeus. E o fizeram do seguinte modo:

Herodes Arquelau

A esse filho de Herodes, o Grande (Mt 2.22), coube a parte mais significativa da Palestina: Judeia, Samaria e Idumeia. Governou apenas seis anos, sendo depois exilado pelos romanos. O governo dessas regiões, incluindo a Síria, passou às mãos de procuradores, nomeados diretamente pelo imperador. Mais tarde, os romanos entregam a Herodes Agripa I o que pertenceu a Arquelau.
Herodes Antipas

Reinou em Galileia e Peréia. Sua capital foi Tiberíades. No Além-Jordão seus domínios foram do Iarmuque ao extremo sul, incluindo Maquerus.

Herodes Filipe

Coube-lhe Basã, com os cinco distritos: Gaulanita, Betânia, Auranitas, Itureia e Traconites.

Herodes Agripa I

Os romanos deram-lhe modestas partes nos Líbanos e Antilíbanos. Após a morte de Herodes Antipas, tomou conta de Galileia e Pereia, mais a Judeia. Construiu o “terceiro muro” de Jerusalém, descoberto pelos arqueólogos no século passado. É o Herodes que mandou matar Tiago (At 12.1-4) e prendeu Pedro; é o mesmo que morreu esmagado pelo juízo de Deus, pelo orgulho que lhe enchia o coração e pela vaidade que o dominou (At 20.20-22).

Herodes Agripa II

Com apenas 17 anos, ao morrer seu pai, Herodes Agripa II pretendeu herdar o reino, grande, forte e rico. Os romanos, porém, fecharam-lhe a porta. Deram-lhe depois a Tetrarquia de Herodes Filipe e Lisânias. É o Herodes que interrogou Paulo no julgamento perante Festo (At 26).
A imensa série de mudanças e transformações começou com a divisão do Reino de Israel, na época do reinado de Roboão e Jeroboão. Risco de perder a própria vida.
Por causa disso, irrompeu a guerra dos Macabeus. O poder romano foi mais na direção política do que espiritual. De certo modo, aceitaram e incentivaram a cultura grega em todos os seus aspectos, até mesmo no que tangia aos deuses.

GALILEIA

O nome “Galileia” vem do hebraico galil, que significa “anel”, “círculo”, “região”.
Na Bíblia há mais de sessenta vezes ocorrências à Galileia, sendo a maioria no
Novo Testamento. Além daquelas que se referem ao Senhor Jesus, as muito significativas do Antigo Testamento são: Josué 20.7; 21.32; 1Reis 9.11; 2Reis 15.29; 1Crônicas 6.76; Isaías 9.1.
Está situada na região montanhosa e mais setentrional da Palestina; estende-se dos Líbanos e corre para o sul, ocupando o lindo altiplano do Esdraelom.
Os limites da Galileia vão do norte com o rio El-Litani; a leste, com o Alto Jordão e os ribeiros ocidentais do lago Merom e Galileia; ao sul, com a cadeia montanhosa do
Carmelo; e a oeste, com o Mediterrâneo.
Esta dividida em duas partes: Alta Galileia e Baixa Galileia, separadas por uma linha imaginária, que, partindo de Safede, chega até Akkó.
Suas terras são em grande parte de aluvião predominando no planalto de Esdraelom, indo até as costas marítimas. São de formações eocenas ao norte de Esdraelom, e cretáceas no resto.
A formação geológica da região determinou grande número de cavernas, principalmente nos montes. Isso facilitou que a Galileia fosse habitada desde os tempos pré-históricos. As recentes escavações arqueológicas da região demonstraram o fato.
Em toda a Galileia, no tempo de Jesus, havia nada menos que 240 cidades. Todas elas populosas e boas. A menos populosa contava com cerca de 15 mil habitantes. A maior e mais importante era Séfaris. Nas montanhas, nos vales e ao longo das praias do lago de Genesaré, o Senhor Jesus realizou maravilhosas obras de seu ministério. Todos esses lugares foram testemunhas de tudo o que Jesus fez e ensinou.

SAMARIA

Território comprado por Onri pai de Acabe, situada na região montanhosa ao centro de Israel, numa colina com pouco mais de cem metros do Mediterrâneo. Foi uma linda cidade construída em um monte; seu nome significa: “Torre de vigia”. Samaria é citada cem vezes no Antigo Testamento e dez vezes no Novo Testamento. Está a cem quilômetros ao norte de Jerusalém, trinta quilômetros do Mediterrâneo. Cercada por montes, vales, desertos, cidades e o próprio mar.
No tempo de Josué foi habitada por perizeus e cananeus, foi dada como herança as tribos de Efraim, Issacar. Os montes Ebal e Gerizim erguem no território de Samaria, as bênçãos foram proclamadas desses montes (Dt 27:11-26;28:1-14). Edificação iniciada por Onri, que morreu antes de concluir a obra, reinou apenas 6 anos em Samaria. Acabe terminou a construção e cercou-a com grossas muralhas, Samaria era quase impossível de ser tomada, Acabe construiu mansão de marfim (1 Rs 22:39), construiu um templo a Baal. Foi grande administrador.
A idolatria a Baal causa sua ruína. Samaria-capital do reino do Norte. Teve sucessão de grandes reis. Assediada por Salmanassar, rei da Assíria. Morto durante o cerco, Sargão seu filho toma Samaria (2 Rs 17:3-6). Causa de sua queda: abomináveis pecados, principalmente o de idolatria.
Samaria do Novo Testamento é hostil aos judeus (Jo 4:9), tem território independente, culto estranho ao povo de Israel. Sargão levou as dez tribos para o cativeiro deixou Samaria um povo estrangeiro. Constituídos de uma mistura de orientais (2 Rs 17:24), não temiam a Deus. Leões devoraram alguns de seu povo.
Pediram ajuda ao rei da Assíria, que lhes enviou sacerdotes do Deus altíssimo. Mesmo assim continuaram com sua idolatria, penetraram e ocuparam Judá. Opuseram-se aos judeus, que reconstruíam Jerusalém em seus arredores. Herodes, o Grande, a reconstruiu, tornando-a mais linda que Jerusalém. Em 66 d.C. Samaria se insurgiu contra Roma, foi incendiada pelos romanos, arrasada até os alicerces.
Cereápolis, comandante romano, matou-os sem piedade. Ainda existe um remanescente samaritano, um grupo reduzido no povoado de Nablus. (Antiga Siquém).

JUDEIA

Judeia vem do Aramaico. A partir de 1Samuel 23:3, a versão Septuaginta emprega “Judeia” em lugar de Judá, ou terra dos Judeus. No Antigo Testamento não aparece, no Novo testamento há 48 referencias.
Ocupava lugar que durante o Reino Unido pertencia a Judá, uma parte de Benjamim e Simeão. A região ao norte é toda montanhosa. Picos mais altos estão em Jerusalém, com a divisão do reino ficou: ao norte, Samaria; ao leste, Jordão e Mar Morto; ao oeste, Mediterrâneo; ao sul, deserto da Judeia.
Na época patriarcal, ocupada por heteus, amorreus e jebuseus, quando Judá esteve no Exílio Babilônico ficou quase deserta. Quando Judá esteve no Exilio Babilônico ficou quase deserta. Dario1 criou a província da Judeia regida pelo governador Abar-Harara. No tempo de Jesus, a Judeia era das cinco partes em que a palestina se dividia.
Para os Judeus, era a parte mais importante de sua terra. Nela estava Jerusalém, o templo, o sinédrio, as fontes de águas, os montes elevados, os vales sombrios.

DECÁPOLIS

Decápolis vem de duas palavras gregas: deca (dez) e polis (cidades), ou, então, região das dez cidades. Apareceu no Novo Testamento só três vezes, sempre ligado ao ministério de Jesus. Começava na planície de Esdradom e avançava para o vale do Jordão; ocupando o leste do rio. Cidades que formavam a confederação do leste: Damasco, Canata, Citópolis, Hipos, Rafana, Gadara, Pela, Diu, Filadélfia, Gerasa.
Ptolomeu aumentou oito aldeias ao sul de Damasco, Elevando-se a dezoito, o número de cidades, Decápolis - produto dos contatos de Alexandre o grande, com a Palestina e o Oriente. Podem ter sido presentes de Alexandre para seus soldados, eram populosas.
·        Sete características de Decápolis:
1.    Liga antissemita destinada a manter a autoridade de civilização grego-romana e suas instituições em território estrangeiro.
2.    Livres, independentes, governo e constituição próprias.
3.    Interesses econômicos recíprocos no comércio.
4.    Cada cidade mantinha contingentes militares, uma defendia a outra.
5.    Uniformidade religiosa, respeitavam religião alheia;
6.    Sistema de estradas de rodagem os colocava em comunicação entre si.
7.    Língua grega, comum a todas.
Jesus passou muitas vezes pela estrada que ia de Jerusalém a Damasco.

PERÉIA

Do grego. Significa “terra do Além-Jordão”, diretamente não apareceu na Bíblia. Oeste limitava-se com o Jordão e uma porção nordeste do mar morto; ao sul, com a fortaleza de Maquerus. A leste, distritos de Hesbom, Filaldélfia e Gerasa. Ao Norte, com Pela. Capital: Gadara.
Compreendia área de mais ou menos 16 quilômetros. De Jaboque do norte até o Armom do Sul. Mil metros acima do nível do Jordão, Terras excelentes para figos, azeitonas e uvas. Parece-nos habitadas por amorreus nos tempos primitivos (Nm 21:21-30). Foi dada aos filhos de Rúben, Gade e Manassés, acrescentada de Basã (Nm 32).
Antes da era macabeia foi ocupada por galaaditas, amonitas e moabitas. Alexandre Janeu a tomou e passou-a aos Judeus. Não foi importunada pelos romanos. Nero a deu a Agripa II, governando até cem anos d.C. Ali Jesus realizou boa parte de seu ministério, João batizou os Judeus. Peregrinos que iam a Jerusalém, passavam por essa região cruzando o Jordão. Hoje essa região está anexada à Jordânia.

CONCLUSÃO

Podemos perceber que não chegaríamos a um conceito único sobre as tribos de Israel, já que estas envolvem tanto uma diversidade cultural, assim como muitas características específicas de cada povo relacionado.
Assim, só podemos dizer que para entender sobre a humanidade de hoje, devemos estudar a fundo sobre estes povos e tirar as conclusões para aplicarmos hoje em nossa vida.
Porém existe um fator muito importante, pois Deus através destes povos preparou toda uma história e esta veio se cumprir através de Jesus Cristo.

BIBLIOGRAFIA

TOGNINI, Eneias. Geografia da terra santa e das terras bíblicas. São Paulo, Hagnos. 2010.
WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Tribos_de_Israel> Acesso em: 10 jun. 2013


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